Das quedas humanas : Uma breve reflexão.

A Liberdade começa dentro das nossas cabeças. Por isso somos o que pensamos. Responsabilidade é produto da ação e dos conceitos que adotamos e a competência é um artífice da coerência dos nossos atos. Mas como dizia Aristóteles nós somos ATOS, devemos nos tornar POTÊNCIA, condição plausível a quem chega no limite. Portanto que não pontuemos nossa caminhada mas saibamos usar as virgulas, isto é os nossos fracassos, e é somente no fracasso que se encontra forças para construir o novo.
O limite é o estado onipresente. Sentimos falta do nosso horizonte de sentido, do nosso ponto de paz e harmonia é o prisma da melancolia.Chamo deste modo porque é neste domínio que ocorre o combate da memória. Parte de nós quer manter a lembrança positiva de algo ou alguém que se foi e outra parte quer excluir essa mesma memória. Pra esse duelo FREUD ensina dois caminhos.: No auge da ruptura e dor por ela provocada chegamos ao pico do ódio pelo objeto amado e assim o excluímos de nossa existência ou o tal objeto ou ser deixa de ter valor antes agregado então há condições de abandono da melancolia.
FREUD ainda recomenda muita atenção, porque a melancolia produz manias. A mania surge quando o indivíduo não suporta a mágoa que é portador e não obtendo respostas como válvula de escape ao ressentimento, mantem sua estigma em paralelo e passa agir de maneira obsessiva /maníaca e o primeiro estágio desse estado é o ALCOOLISMOo ultimo é o SUICÍDIO.
Voltando ao mestre grego a FELICIDADE só pode ser alcançada pela virtude e a virtude surge do ETHOS (hábitos)para ele a prática necessária é a da "Excelência Moral" que é se situar no meio termo das incidências da vida. Não estaremos assim nem no limite do prazer e nem no limite da dor. Cabe absorver as emoções sadias de todo momento de dor e extrair o que for útil do instimo do prazer, isto seria a Excelência proposta.
Em ultima instancia a superação total leva tempo segundo FREUD o ser humano pode ir a queda ou não quando se encontra desertificado, isso vai depender do tempo e do esforço pessoal.
Vale encerrar com um verso que escrevi nessa semana como ilustração .:

O que pesa agora é o tema dessa alegoria;
O opróbrio de viver amargurado;
A vida se desfaz ao recompor o sentido;
E eu me apego a certeza de perder um pouco a cada dia.
Ter de cantarolar a dor em demasia.

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