A verdade vos libertará


O ideal de Paulo Freire (importante educador brasileiro) se confunde no aspecto semântico, quando analisado de perto no sentido amplo e intrínseco. Muitas vezes utilizado como chavão político: “Educação para todos” cidadãos de origem humilde são corrompidos pela astúcia pertinente em época de eleição.
Criada no fim do século XVI permeando as revoluções burguesas, em suma a francesa e inglesa e o capitalismo, tem-se encerrado o período feudal (sistema baseado no domínio de terras por grandes fazendeiros) possibilitando a ascensão do Liberalismo (doutrina cuja supervalorização do progresso individual se opõe à intervenção do Estado) o sistema escolar nasce advindo de uma ótica prioritária.
Traduzindo... Escola não foi feita para pobre! Realidade dura? Nem um pouco, visto que a educação fundamental só passou a ser obrigatória no Brasil na chamada constituição cidadã de 1988.
O problema é estrutural, antes ainda deste modelo padronizado que conhecemos com professor e disciplinas específicas entrar em vigor, o ensino era restrito a esfera burguesa, retratada a moldes calvinistas (calvinismo: movimento liderado por João Calvino durante a reforma protestante onde o prisma preponderante era o da predestinação) e a família patriarcal norteava os rumos de seus filhos.
Com relação ao tema, o sociólogo francês Pierre Bourdieu, desenvolveu a teoria do reprodutivismo, compreensível na pratica como respaldo ao investimento realizado pelo patriarca com reflexos sociais obtidos mais tarde nos filhos.
Entenda porque a maior parte da população brasileira vive em condições adversas de uma minoria. Eles até em algumas ocasiões freqüentaram uma escola, mas sem uma educação filtrada na qualidade que começa no pagamento a classe docente e consequentemente na didática dos livros de ensino.
Entenda que quantidade não justifica investimento. O numero de construções ativadas por pressão em torno de promessas, oriundas de campanha política nem sempre tem haver com infra-estrutura.
É como diz o famoso ditado: sorte é o encontro do preparo com a oportunidade. Ou tão somente “Não há amanhã sem projeto, sem sonho, sem utopia” (P.Freire).

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