Prélude

Da com a mão reverencia e retém cumprimento, da com a língua nos dentes a pormenor defeitos e se veja, o deleite precede ao preço, de se dar sem receber... Pula do prédio pra que as idéias voem, asas vão timbrar nas ruas terrenas da discórdia que é insana... Ama sem temer desgosto, balburdia rima com silencio e choque.
Mao que acena pura se descobre... verso em prosa curta pra nenhuma duna de milhas, depois da sombria têmpora assassina em sinédoque...
Mas cumpre toda vontade, de ser, ter e perder... Cair e se machucar, pender a tendência de crescer e entender a ternura de pintar, transgredir a própria sorte, escrever a próxima pagina, sair de cena quando der na telha, xingar a quem se quer bem, testar as próprias forças e se merecer alguma vez a única se possível e que é preciso pra que se dure para sempre. Aos nossos mais sensatos devaneios o meu respeito...

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