Carta Londrina

It´s Five o´ clock ...

Entrando no metrô primeiro da estação que dá para o trabalho, já da pra ver quase todo amaranhado de prédios que escoam pela metrópole. Da pra sentir no bafo gelado de cada imigrante a ternura e medo inconstante quando entram e se sentam a meu lado.
Tenho percebido aquilo que buscam atônitos como o que buscara nas militâncias. Tenho me esquivado na medida do possível dos sentimentos torpes que suscitam o paganismo das minhas vestes.
Mal amanhece o dia por aqui, o tempo é algo escasso se coloco na ponta do lápis os afazeres, ou se me irrito facilmente termino duvidando da leveza das noticias apuradas nos jornais.
São homens que sustentam de longe suas famílias... São mulheres açoitadas pela própria beleza repugnante. Sou eu mesmo vez em quando nos horrores costumeiros que ameaçam o reinado.
É de bom grado que me visite caro amigo, e caso queira se estabelecer aconselho que deixe de lado a lembrança, que se acostume ao som ordeiro da retina, que esqueça a malicia vertiginosa.
Guardo comigo um bom whisky e alguns discos de rock para elucidar a juventude salpicada, e nos intervalos livres penso na vida se desmembrando como a queda da casa de Usher...
Eu vejo a vigilância autoritária posicionada em retaguarda, o coloquialismo dos apertos de mãos entre as lideranças, o meu país ostento e covarde num passe de mágica. Ao passo que se assemelhar a uma causa pode ser o mesmo que depositar uma bomba na geladeira do vizinho.

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