Quando na desventura do tempo
É popular conhecer as dádivas do tempo dado seu poder curativo e sábio de conduzir as vicissitudes humanas. Revelar a natureza dos fatos, destilar os átomos constituintes da sobriedade, desmantelar a animalidade corrosiva que há por entre as nódoas insconstantes do passado.
Já é possível compreender as consonância das ciências e a probabilidade irresoluta do engano.Perscrutar o cérebro humano, remediar o insano, desmentir a sorte, sobrepujar a dúvida testando...
Não há como consertar os danos sem se comprometer com o futuro. Não há como voltar no tempo sem resgatar o porta retratos. Nem como entender quem somos, para onde vamos ou porque viemos senão por muitas vezes nos confundirmos nos medos ou na história que se dissolve entremeada ao nexo evolutivo implícito no tempo.
Enquanto a paz é desmantelada pela incapacidade de pensar diferente, a destreza da natureza irrita o raciocínio consumado nas catédras universitárias.
Por desventura se esqueçam de buscar a verdade, se deixem levar pela aglutinada visão de grupos corriqueiros. Não ouçam os avisos seculares postulados em lágrimas e vidas ceifadas.
Inútil é não notar seus passos discretos levando a socos o híbrido das raças.
O mesmo senhor que esculpe o bruto da tolerância consubstânciada na justiça, sussurra a liberdade corroborada a caos.
É natural que as alternativas também se vão com o tempo...
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